...me disseram que quem ama de verdade nunca desiste,
acho incorreta essa frase, quem ama de verdade desiste sim, mas não deixa de
amar. Quem ama de verdade não consegue encontrar a felicidade em outro alguém,
mas aprende a viver sorrindo mesmo estando incompleto. Quem ama de verdade
nunca esquece o toque, o olhar, e os momentos vividos com aquele que se ama.
Quem ama de verdade não deixa de amar não importa o tempo que passe, apenas
espera que o tempo resolva tudo, e acredita na filosofia de que o que tiver que
ser será...
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Mas ...
..eu o amava tanto que o perdoei, e o perdoei milhões de
vezes depois. Ele nem conseguia acreditar como eu perdoava tão facilmente. Ele
era um completo imbecil, mas ele não tinha culpa, não fazia por mal. Eu
acreditava no amor dele, por isso estava sempre disposta a desculpa-lo...
domingo, 25 de agosto de 2013
Encontros e desencontros...
A vida é assim mesmo.. gostamos de um.. depois de outro..
Um dia você chora.. no outro você sorri...
Mesmo com algumas marcas do teu passado..
Você não deixa isso te abalar...
Segue em frente.. e a sua vida, você viverá.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
A bebida entra...
..... a verdade sai. Aposto a primeira rodada de
cerveja que você já foi vítima do verdadeiro crime hediondo que esse ditado
preconiza. Crime
esse cuja pena é aturar durante tempo indeterminado os fantasmas da própria
consciência – como se suportar a cabeça latejando e aquela saliva com gosto de
quase morte no dia seguinte já não fossem punições cruéis o bastante. Mas
aquela noite, você decidiu que nada seria o bastante. Antes de sair de casa
colocou o vestido mais curto, como se ele não fosse curto o bastante. Calçou o
salto mais alto, como se ele não fosse alto o bastante. Passou o batom mais
vermelho, como se ele não fosse vermelho o bastante. Borrifou o perfume mais
forte, como se ele não fosse forte o bastante. Você foi tudo o que não
costumava ser de segunda a sexta em horário comercial, como se ser aquela
menina insossa do escritório não fosse o bastante. E não é mesmo – dica da colunista.
E saiu de casa disposta a arrasar – corações, quarteirões,
pensamentos, Dry Martinis e o que mais estivesse pela frente. E você realmente
foi um belo dum furacão, daqueles que deixam qualquer Katrina na sola do
chinelo – ou melhor, do salto quinze. Daqueles que a gente só observa de longe.
Daqueles que a gente até senta pra ver passar – cantando ou não cantando coisas
de amor. Daqueles que a gente espera ir embora pra contabilizar os estragos. E
olha, dessa vez, os estragos foram muitos. Graves. Irreparáveis. Cinco corações
partidos, cinco pensamentos roubados, nove taças de Martini sorvidas – duas
delas quebradas – e uma verdadeira inundação de suor banhando o chão onde todo
mundo dançava mecanicamente ao último remix que
fizeram daquela música do Bruno Mars.
Ninguém sabia, porque você escondeu muito bem, mas você
travava uma batalha secretíssima contra você mesma. Contra aqueles pedaços de
você que ainda choravam por ele, que saiu para comprar cigarro há dois meses e
desde então não voltou. E você venceria de lavada, viu? Venceria com honras,
com pétalas, com chuva de champanhe, com tapete vermelho – se não fosse o seu
celular. Ah, o celular. Aquela desgraça digital. Nostalgia de um tempo que não
experimentamos, em que as únicas maneiras de marcar um encontro se resumiam ou
a ser pontual ou a esperar ansiosamente na frente de um orelhão. Você sacou seu
celular do bolso e mandou um “eu te amo” pra lá de ébrio pra ele. Sim, o moço
do cigarro. Que provavelmente já estaria perdido em outros braços – não tão carinhosos
quanto os seus. Amordaçado em outros lençóis – não tão macios quanto os da sua
cama.Acalantado por outras vozes – nem tão bonitas como a sua.
Pelo menos naquela noite, ele não havia respondido. Não
adiantou nada evocar o santo milagreiro daquele panfleto que lhe entregaram no
farol na semana passada. Não adiantou nada beber outro Martini pra descontrair
– afinal, não dizem que as coisas acontecem quando a gente menos pensa nelas?
Não adiantou nada a promessa de só olhar o celular de novo depois que já
tivesse chegado em casa. Ele
não respondeu. Não ligou. Ignorou. Pode ser que nem tenha visto – você tenta se
acalmar. Espera mais uma, uma e meia, duas horas. E nada. Então você pega no
sono, vencida pelo cansaço de um coração esmigalhado. E como Amy Winehouse em
seus dias de pouca glória, você acorda. Os cabelos desgrenhados – mas não pelas
mãos faceiras de algum menino. Os olhos borrados – mas não de tanto se esfregar
com algum cara. A cabeça virada – mas não de paixão. Então, certa de que Amy
sabia das coisas quando cantou que “Love is a losing game” (ou “o amor é um
jogo de azar”), você admite a derrota.
Pelo menos você falou a verdade – aquele “eu te amo”
precisaria sair de dentro de você pra não virar câncer aos 45 anos. A verdade
impulsionada pela bebida que entrou. Você poderia ter dito tantas verdades, mas
preferiu dizer essa. Poderia ter dito ao menino da fila do bar como os olhos
castanhos dele eram bonitos. Poderia ter dito à sua amiga como ela ficou bem
com o novo corte de cabelo. Poderia ter dito a um estranho qualquer que Deus, à
imagem e semelhança do homem, não existe. Mas preferiu dizer essa verdade. Três
palavras e sete letras que já quebraram muitos corações quando não
correspondidas. Mas é isso aí. Agora você vai, lava o seu rosto de misericórdia
e compra mais uma dúzia de fichas para jogar na roleta do amor. Se alguma delas
vai vingar? Não sei. Mas aí é que está a graça. Afinal, como já dizia Oscar
Wilde, “the mistery of love is greater than the mistery of death” (ou “o
mistério do amor é mais intrigante do que o mistério da morte”). E que
aprendamos a conviver com isso.
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